Reprovamos

As conversas revelaram nossas afinidades
As afinidades se transformaram em curiosidade e vontade
Que depois de verbalizadas nos colocaram à prova
E no impulso, passamos no teste de química e física
Mas…
Mas…
Mas…
“Foi bom te conhecer!”.

Sentir, aproveitar e declarar

IMG_0927-0

Dizem por aí que está difícil de enxergar o amor hoje em dia. Que se vê nas pequenas coisas, que não se escancara com placas e cartazes (bem, alguma pessoas até fazem isso). É mais comum que ele venha de forma sutil, reservado e com receio, ás vezes. Boatos de que o sentimento de amor surge através de gestos de amor, e não o contrário.

Mas, agora, deixando de lado a necessidade de classificação e explicação imposta pela sociedade, vamos apenas sentir. Sentir, aproveitar e declarar. Porque faz mal pra saúde guardar esse sentimento. E eu não to querendo parcelar em suaves prestações ou deixar pra cair no mês que vem.

Descomplicando, reescrevendo as regras, quebrando protocolos. Porque estar presente no presente que a vida proporciona faz tudo valer mais a pena.

Prazer, eu.

Adoro sorvete! Picolé, picolé de sorvete, sorvete. Não sou exigente a ponto de só querer esses requintados, e nem tão frescurenta pra torcer a cara para aqueles de rua, porque já tive ótimos momentos comendo moreninha, mesmo depois de “grande”. Chocolate vai muito bem! Mas não é todo dia. Já deixei ovo de Páscoa durar três meses na estante e nem sofro por isso.

Gosto muito de morango: no café da manhã ou na sobremesa. Morango e banana não podem faltar na minha  geladeira e fruteira, respectivamente. Falando nisso: fruta – prefiro  gelada (exceto a banana).

Eu tomo café. Confesso que tive que aprender, mas de uns meses pra cá já saiu da lista de bebidas quentes que eu não gosto. Sim, eu gosto de café e tenho tomado quase todo dia, eu só não tinha percebido ainda.

Aprecio os “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”. Simpatia é quase amor. No elevador, pro porteiro do prédio, pro cara que você cruza na rua (que nem conhece), acho que faz toda diferença no dia da gente. 

Não lembro de passar um dia sem ouvir música. É durante o banho, pra levantar da cama, no caminho pro trabalho e as vezes até pra pegar no sono.

Sofro muito para tomar decisões, desde escolher o que provar do cardápio até a cidade na qual eu quero construir minha família.

Meu olho é castanho esverdeado, mas fica verde, bem verde, quando eu to feliz ou quando eu olho pro sol.

Gosto de estar entre amigos e família. Você nunca vai me ver triste se eu estiver entre um desses grupos. E se for com os dois juntos, então… Aí pode saber que é aniversário, e eu gosto de aniversários. 

Fico encantada com o pôr do sol e o nascer dele. O degradê do céu nesses momentos é apaixonante!

Posso até me arrepender de algumas coisas na vida, mas só dura um mês, depois disso tudo vira aprendizado. Meu baú da memória é cheio de momentos e pessoas especiais, que nunca vão ser esquecidas, até porque, adoro nostalgia. Lembrar é reviver.

Sou tímida e transparente demais! Difícil não perceber o que eu to sentindo ou pensando.

Estou sempre crescendo, mudando, aprendendo e me conhecendo um pouco mais. 

Ainda aprendendo 

Sempre gostei de pingos nos is. De ter certeza, firmeza e clareza. Tudo era definido e conceituado aqui dentro. Certo, errado, o que pode e não pode, “porque sim’s” sem fundamento, mas tão enraizados. Um manual cheio de burocracia pro viver. Um controle neurótico pro futuro idealizado não se escapar das minhas mãos.  To descobrindo que melhor do que se preocupar com esse futuro, é ver o que o presente tem pra me oferecer. Chega de convicções preconceituosas tratadas pelo medo. 

O tempo passa muito rápido e se eu me preocupar demais em decorar tanto as letras, posso acabar me perdendo do próprio roteiro. No fim de tudo, só ganha quem fez valer cada rabisco.
É preciso leveza. Leveza pra sentir. Abrir os olhos pro que se tem e o que pode se ter. 
Não é preciso definir, nem julgar, nem mesmo projetar nada.  Só e somente só, viver e deixar viver.
A gente se renova a cada mudança, a cada decisão.
É tudo novo de novo, mais uma vez.

Linha do tempo

É bom olhar pra trás! 
Traz coisa boa pro coração, faz a gente ver o quanto já cresceu… 
E principalmente o quanto já viveu de bom e que fez bem! 
Tudo que eu vivi faz de mim quem eu sou hoje. 
Quem passou por mim, mesmo que por pouco tempo, deixou muito.
Por todo lugar que eu passei, adquiri coisas boas e singulares.
E é bom olhar pra tudo isso… Com outros olhos, outro coração, outra cabeça… Faz eu ver que tudo valeu a pena, que nada foi em vão.
Havia esquecido do meu baú da memória. 
Tudo fica lá. Só lá. Sempre lá. 
E não se deve ser esquecido. Não tem motivo. Não significa que é sempre lembrado mas, faz parte de quem eu sou.

Lembranças

Por mais que você queira eternizar um momento especial, você não consegue guardar em fotos as risadas que foram provocadas e dadas durante aquelas horas, o som das palavras que só se ouvia em cenas de filme, a direção que o vento corria e que fazia as mechas de cabelo dançarem no seu rosto, o movimento das folhas das árvores que quase nunca paravam, o cheiro dos restaurantes e cafés das ruas por onde se passava, as cores ora vibrantes graças ao sol forte e ora acinzentadas na ausência dele, o andar das nuvens tão brancas no céu, os frios na barriga de estar em lugares que eram inalcançáveis diante da televisão e que nem se imaginava estar, o deslumbramento com cada novidade que se via, a sensação doida de estar bem no meio ou diante de coisas antiguíssimas e que fizeram parte da história e o cansaço que quase sempre era esquecido com mais passeios…

O segredo é tratar bem da cabeça pra que nenhum detalhe se escape. 

E as fotos ficam pra ajudar a memória e esquentar o coração.